Petróleo cai a US$ 81,45 com demanda menor de aviões

Petróleo cai a US$ 81,45 com demanda menor de aviões

A queda  foi exacerbada com a possibilidade de a SEC estender a investigação feita no Goldman Sachs a outras instituições financeiras.

NOVA YORK - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em baixa, pressionados pela preocupação com os potenciais efeitos negativos sobre o valor da commodity provocados por um declínio no consumo de combustível para aviões (querosene de aviação). A queda no preço do barril foi exacerbada por receios com a possibilidade de a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) tomar mais medidas contra as instituições financeiras norte-americanas após ter acusado o banco Goldman Sachs de fraude na sexta-feira.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o preço do contrato do petróleo para maio - que vence amanhã - caiu US$ 1,79, ou 2,15%, para US$ 81,45 por barril, com mínima de US$ 80,53 e máxima de US$ 83,00 ao longo da sessão. O contrato para junho, de maior liquidez, recuou US$ 1,54, ou 1,82%, para US$ 83,13 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para junho caiu US$ 1,76, ou 2,1%, para US$ 84,23 por barril.

A erupção vulcânica na Islândia espalhou cinzas por grande parte do céu europeu, forçando milhares de cancelamentos de voos desde quinta-feira. As restrições diminuíram o consumo de combustível para jatos em aproximadamente 1 milhão de barris por dia, o equivalente a pouco mais de 1% da demanda mundial. A União Europeia reduziu as restrições aos voos na segunda-feira, mas a duração e o movimento da nuvem de poeira vulcânica ainda é imprevisível.

Analistas e participantes do mercado disseram que o declínio na demanda por querosene de aviação contribuirá para um aumento dos estoques e pode reduzir a margem de lucro das refinarias, provocando também uma redução no consumo industrial de petróleo, pelo menos no curto prazo. "O impacto da queda nos preços não vai se limitar ao querosene, particularmente se as restrições forem longas ou recorrentes", disseram analistas do Société Générale em Londres.

Antes dos impactos do vulcão, no entanto, o mercado já mostrava um movimento de queda nos preços, em meio a preocupações com o nível elevado dos estoques de petróleo e combustíveis. "Isso tudo começou muito antes da notícia do Goldman e do vulcão", disse Jim Ritterbusch, presidente da consultoria Ritterbusch and Associates. "Temos um excesso de abastecimento no mercado onde quer que você olhe." As informações são da Dow Jones.

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